terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

USINA VISTA DE CIMA

A Usina Passo São João, que está sendo construída no Rio Ijui, entre Roque Gonzales e Dezesseis de Novembro, já se encontra com quase da metade das suas obras civis concluídas, segundo o engenheiro responsável por elas.
Depois serão necessárias outras etapas, até a sua conclusão e início das operações comerciais previstas para o ano que vem.
Atualmente os trabalhos estão se concentrando na concretagem do vertedouro e da casa de força.
nesta terça-feira, 17 a Eletrosul liberou algumas fotografias aéreas da obra, as quais postamos para conhecimento dos leitores.

Aqui é o circuito de geração de energia da futura usina.


Vista total do canteiro de obras. Quem conheceu o local antes das obras, pode perceber o quanto a natureza "pagou" em decorrência do desmatamento.

Panorâmica do vertedouro.

A construção da usina provocou um significativa alteração na vida social e econômica de Roque Gonzales, principalmente. Aspectos POSITIVOS e NEGATIVOS são sentidos no dia-a-dia.
Com a necessidade de desapropriar algumas áreas, muitas pessoas foram OBRIGADAS a deixar toda uma vida para trás e, mais que isso, a construção de um sonho de muitos anos.
Algumas se deram bem, outras nem tanto, algumas teme-se pelo futuro.
Pessoas que por toda a vida trabalharam em atividades de produção estritamente rural, de uma hora para outra se viram nos braços de uma sociedade diferente; urbana e com novas atividades totalmente estranhas àquilo que estavam acostumadas.
Do ponto de vista psicológico, somente o futuro irá dizer se valeu a pena o sacrifício em nome do progresso. Talvez muitas pessoas caia em depressão no momento em que, de fato, se virem "fora de seu quadrado".
Com relação ao clima futuro, há incerteza do que poderá acontecer, mas o fato é que nada será igual como antes era. A diminuição da vegetação natural poderá provocar mudanças na natureza, com alteração, por exemplo, na umidade do ar e outros fenômenos que, em decorrência, poderá provocar doenças nos moradores.
Quando à produção primária, nem se discute que o Município teve uma significativa perda, principalmente em relação à produção leiteira.
A localidade do Poço Preto, uma das mais promissoras do Município, ao "SUMIR DO MAPA", simplesmente ocasionou um ROMBO na arrecadação.
É claro que muitos tiveram e estão tendo LUCRO com a usina. Quem vendeu ou locou imóveis são os que mais tiveram vantagens, já que houve uma super valorização dos mesmos, coisa que nunca se imaginava, antes do advento da usina.
Emprego para os nativos? é relativo. A maioria dos trabalhadores é de fora.
Compras no comércio local? não é significativo, do ponto de vista diretamente ligado à obra, eis que quase tudo o que é consumido no canteiro de obras, também vem de fora.
Espera-se que depois que a usina começar a operar, um pouco desses dissabores possam ser compensados.

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