Para contar sobre as suas experiências no país nipônico, conversei com Fernando e um pouco delas exporemos nesta matéria.
Fernando e Miwa à frente de um tradicional templo japonês.
Fernando foi parar no Japão somente depois de casar com Miwa a qual conheceu há dez anos na Suíça, onde foi realizar um estágio na área da agricultura. Na Suíça, Miwa trabalhava na mesma propriedade em que o roquegonzalense estagiava e, já no primeiro mês, começaram a namorar.
A comunicação entre os dois era feita em alemão, com algumas dificuldades no início, mas juntos foram aprendendo e com o passar do tempo ficou fácil.
Por lá, Fernando permaneceu durante 18 meses e, depois, assim como Miwa, retornou ao país de origem.
Os contatos, no entanto, não terminaram. No início a comunicação entre o casal era feita por carta, depois por telefone e finalmente pela Internet.A língua falada entre eles até hoje continua sendo a alemã.
Com a alimentação, no início, não foi muito fácil de se adaptar.
No ano de 2007, resolveram casar, sendo todos os detalhes acertados à distância entre a Esquina Laranjeira e Fukuoka (a cidade de Miwa).
Antes da cerimônia de casamento, Miwa veio ao Brasil três vezes. Entre o primeiro encontro na Suíça e o casamento, passaram-se 7 anos, sendo que, pelo menos cinco meses e meio mantiveram-se totalmente à distância.
Segundo Fernando, quanto mais o tempo passava maior ficava a saudade, por isso a decisão da união definitiva.
O casamento aconteceu no dia 28 de dezembro de 2007, em Roque Gonzales. Dois dias depois seguiram para o Japão, onde também realizaram cerimônia de casamento aos costumes de lá.
A chegada de Fernando no Japão teve como principal dificuldade o trato com a língua nacional, mas declara que foi muito bem recebido por lá.
Fernando não foi com emprego certo, porém com relativa rapidez encontrou uma colocação em uma confeitaria. Seu ofício era de assar doces no forno. Devido ao momento de crise, que envolve a economia mundial e que no Japão não é diferente, resolveu pedir demissão e voltar temporariamente para o Brasil a fim de resolver algumas coisas.
Miwa é enfermeira fisioterapeuta em um hospital em Fukuoka.
Como todo ocidental, Fernando estranhou os costumes locais, mas aos poucos foi se acostumando e, hoje, não estranha mais nada.
Perguntado se pelo impacto inicial não sentiu vontade de retornar, com Miwa é claro, Fernando diz que “essa pergunta já ouvi muitas vezes e, por incrível que pareça, nunca senti vontade de voltar, apesar da saudade”.
Fukuoka, onde residem, é uma cidade localizada na região sul do Japão e possui mais de um milhão de habitantes. Tem como principal fonte econômica o turismo. Dispõe de bons hospitais e órgão públicos de pesquisas.
Recepção de casamento de Fernanda e Miwa.
Dos lugares que visitou diz ter gostado do norte do Japão, devido ao clima e o próprio povo de lá.
Visitar, porém, o Museu da Bomba Atômica, em Nagasaki, foi, com certeza a experiência mais fascinante.
Sobre o Brasil, Fernando revela que os japoneses falam bem e a primeira coisa que vem à mente deles é de um país com fartura de alimentos.
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