A Associação
de proteção Ambiental Amigos do Rio Piratini (APARP) disse recentemente que há
erros técnicos no que se refere a marcação onde o nível da água do Rio Ijui
deve chegar por ocasião de cheias a partir da construção da USINA PASSO SÃO
JOÃO.
Chamados por um dono de uma barca que faz a
travessia do rio entre os municípios de São Pedro do Butiá e Rolador, a associação detector que o nível
das águas ultrapassou em muito mais do esperado deixando ilhada a barca e
alagada as mudas de árvores plantadas no reflorestamento no leito do rio, já
que, para a construção da obra, praticamente toda a vegetação nativa fora destruída.
Segundo os técnicos contratados pela
Eletrosul, a água não deveria ultrapassar as ESTACAS AZUIS, no entanto estas,
no local vistoriado, estão submersas a cerca de DOIS METROS.
Segundo a APARP ficaram evidenciados os
PREJUÍZOS ambientais pela inundação e também com relação a inatividade da
barca, tanto prejuízo para o proprietário da mesma, como para os usuários que
tem que fazer cerca de cem quilômetros a mais para realizar a travessia entre
os dois municípios.
Diante dos fatos a APARP prometeu denunciar
o caso para o policiamento ambiental e Ministério Público por entender que está
ocorrendo algo ANORMAL.
Do editor:
A atuação da APARP é correta e é bom que faça os devidos encaminhamentos
prometidos, afinal muito prejuízo já decorreu desde a instalação do canteiro de
obras de usina. Os primeiros prejuízos
dizem respeito à retirada obrigatória dos moradores das áreas atingidas pela
usina. Mesmo que tenham ocorrido as
indenizações, nada paga o fato de muitas pessoas terem que deixar uma vida
inteira para trás, ou no fundo das águas.
Outro prejuízo, IRREPARÁVEL, diz respeito
ao meio ambiente, DEVASTADO sumariamente quando da retirada de todas as
espécies vegetais do leito do Rio Ijui.
Ancorado nessa ação, muitos animais simplesmente morreram ante o sumiço
de seu nicho natural.
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