A Escola Martim Luther, da Vila Dona
Otília, Roque Gonzales, obteve importante consagração através da participação
da aluna LARISSA HOFFMANN na Olimpíada da Língua Portuguesa, cuja etapa
regional, na modalidade crônica, aconteceu em Natal/RN de 5 a 7 de novembro.
Larissa é aluna da 8ª série e tem como professora CIBELE MACHADO que a acompanhou desde a etapa escolar (municipal) até a regional, naquele estado nordestino.
Cibele e Larissa com suas medalhas conquistadas na etapa regional |
Para Cibele a participação na etapa regional foi uma oportunidade única na sua vida profissional, uma valiosa troca de experiências e de conhecimentos junto a outros profissionais e professores de diversas regiões brasileira que lá estavam.
Nos seus quatro anos de magistério, essa conquista foi uma das experiências mais gratificantes, revela.
As duas exibindo medalhas e certificados. |
A Olimpíada se constitui de quatro etapas: a municipal, onde há uma comissão para analisar os textos e escolher apenas um para passar à etapa estadual, segunda etapa, a regional e por fim a nacional.
Na etapa regional, estiveram presentes 3 milhões de textos, sendo que o de Larissa classificou-se entre os 500 melhores.
O tema escolhido por Larissa foi um dos mais debatidos na Dona Otília nos últimos meses: o antigo cemitério da Comunidade, cujos debates estavam centrados entre retirá-lo do atual local ou deixá-lo ali mesmo.
A crônica você lê a seguir.
Ando pelas ruas da pacata Vila Dona Otília, vila na qual vivi a maior
parte de minha vida, observo as folhas das árvores balançando, de um
lado para o outro, tomadas pela leve brisa de mais um dia do inverno
gaúcho.
Nessas mesmas árvores avisto pássaros cantando alegremente sob os
primeiros raios de sol que começam a aparecer entre uma e outra nuvem,
em meio a essa sinfonia, ouço pela conversa de um casal de senhores
que tranquilamente tomam seu rotineiro chimarrão, o assunto que nos
últimos dias está conquistando as conversas dos dona otilienses: o
cemitério.
Isso mesmo, o cemitério. Construído a mais de 100 anos pelos
colonizadores alemães que aqui chegaram em 1908, pode ter seus dias
contados, ou não.
O assunto de uma possível remoção tem agitado a vida da Vila. Uns
falam que vão tirar o cemitério e construir uma praça, outros dizem
que não é nada disso, e alegam que uma comunidade tão pequena não
precisa ter dois cemitérios.
Ah! Eu não havia falado, mas Dona Otília tem dois cemitérios, um é
antigo e guarda toda a história desta comunidade, o outro está em
pleno funcionamento e tem as histórias mais recentes.
Só que com este blá, blá, blá todo, o assunto foi parar nas redes
sociais, e aí vocês já imaginam o que se tem falado: “Devemos
preservar a história desta comunidade, deixem o cemitério!”, “O
Cemitério deve ser reformado, não destruído!”, “Essa história de
construir algo em cima de cemitério, eu já vi em filme, vai dar xabu
hein...”
Crianças, jovens, adultos e idosos, todos querem opinar sobre o
assunto mais comentado nas ruas da tranquila comunidade.
Conversa vai, conversa vem, foi marcada então uma assembleia para
definir qual seria o destino do cemitério centenário. Boatos,
discussões, todos estavam curiosos para saber o que viria a acontecer.
Enfim, chegou a data da bendita assembleia, mas, ué... cadê o povo?
O povo de Dona Otília tanto falou, mas no fim, quase ninguém
compareceu. Nem gente com a intenção de ver o barraco que seria armado
em meio de tantas discussões esteve. Devido as poucos pessoas que
compareceram, a diretoria tomou a seguinte decisão: a assembleia será
remarcada.
Até a presente data, não se sabe o que acontecerá com o cemitério, se
fica, se sai, ou se esse assunto será morto e enterrado. Bem, se o
rumo for a última opção poderemos ficar tranquilos, pois o lugar para
enterrar o assunto é o que não falta por aqui...
parte de minha vida, observo as folhas das árvores balançando, de um
lado para o outro, tomadas pela leve brisa de mais um dia do inverno
gaúcho.
Nessas mesmas árvores avisto pássaros cantando alegremente sob os
primeiros raios de sol que começam a aparecer entre uma e outra nuvem,
em meio a essa sinfonia, ouço pela conversa de um casal de senhores
que tranquilamente tomam seu rotineiro chimarrão, o assunto que nos
últimos dias está conquistando as conversas dos dona otilienses: o
cemitério.
Isso mesmo, o cemitério. Construído a mais de 100 anos pelos
colonizadores alemães que aqui chegaram em 1908, pode ter seus dias
contados, ou não.
O assunto de uma possível remoção tem agitado a vida da Vila. Uns
falam que vão tirar o cemitério e construir uma praça, outros dizem
que não é nada disso, e alegam que uma comunidade tão pequena não
precisa ter dois cemitérios.
Ah! Eu não havia falado, mas Dona Otília tem dois cemitérios, um é
antigo e guarda toda a história desta comunidade, o outro está em
pleno funcionamento e tem as histórias mais recentes.
Só que com este blá, blá, blá todo, o assunto foi parar nas redes
sociais, e aí vocês já imaginam o que se tem falado: “Devemos
preservar a história desta comunidade, deixem o cemitério!”, “O
Cemitério deve ser reformado, não destruído!”, “Essa história de
construir algo em cima de cemitério, eu já vi em filme, vai dar xabu
hein...”
Crianças, jovens, adultos e idosos, todos querem opinar sobre o
assunto mais comentado nas ruas da tranquila comunidade.
Conversa vai, conversa vem, foi marcada então uma assembleia para
definir qual seria o destino do cemitério centenário. Boatos,
discussões, todos estavam curiosos para saber o que viria a acontecer.
Enfim, chegou a data da bendita assembleia, mas, ué... cadê o povo?
O povo de Dona Otília tanto falou, mas no fim, quase ninguém
compareceu. Nem gente com a intenção de ver o barraco que seria armado
em meio de tantas discussões esteve. Devido as poucos pessoas que
compareceram, a diretoria tomou a seguinte decisão: a assembleia será
remarcada.
Até a presente data, não se sabe o que acontecerá com o cemitério, se
fica, se sai, ou se esse assunto será morto e enterrado. Bem, se o
rumo for a última opção poderemos ficar tranquilos, pois o lugar para
enterrar o assunto é o que não falta por aqui...
Parabéns à Larissa e à Cibele por tão bem representarem Roque Gonzales tão longe dele.